Quando criança eu tinha a mania de me sentir
sempre injustiçado. Por um ou outro motivo, não me tinham feito justiça, sem
perceber que, para mim, a injustiça era sempre qualquer restrição feita
aos meus desejos, fantasias e vontades.
E invariavelmente arrebentava em lágrimas de protesto.
Um dia papai me chamou e disse:
- Meu filho, vamos combinar uma coisa. Você sabe que papai não gosta de ver você triste, não é? Então nós vamos fazer o seguinte: cada vez que você chorar, escreva num papel a causa. Coloque o papel no vaso azul, ali, sobre a escrivaninha. Deixe passar alguns dias e leia-o. Se achar que o assunto ainda o está aborrecendo, venha a mim, conte-me o caso e eu lhe prometo que corrigirei a injustiça que tiverem feito contra você. Combinado?
Estava combinado. Nos primeiros dias eu enchi o
vaso azul de anotações. Passadas no preto e branco, minhas queixas me
pareciam perfeitamente justificadas.
Passaram-se os dias e meu pai voltou a falar comigo.
- Você já pode começar a reexaminar os seus
papéis. Depois venha falar comigo.
Comecei. Mas, estranhamente, constatei que minhas
queixas eram banais e que, na realidade, não havia naquilo nada que pudesse
motivar aborrecimento.
Abreviei o espaço dos dias e, passei a
examinar os papéis horas depois dos acontecimentos.
Verifiquei que não tinha nenhuma injustiça a exigir a reclamação de papai. E parei de chorar várias vezes ao dia, como estava acostumado a fazer.
Hoje compreendo que tudo foi uma brincadeira de
papai. Todavia, com grande habilidade ele me levou a refletir antes de agir.
E desenvolveu em mim a compreensão a respeito do que é justiça e injustiça em
face do nosso egocentrismo, exigência de privilégios e pretensões descabidas.
Com isso meu espírito de tolerância ganhou uma
amplitude que me tem beneficiado ao longo de toda a vida.
Da obra
"E, Para o Resto da Vida...", Wallace Leal V. Rodrigues, ed. O
Clarim
Tolerância é uma virtude pessoal que reflete a atitude e a conduta social de uma pessoa ou um grupo.
Aceitar as diferenças, tendo nelas uma fonte de enriquecimento espiritual, nos permite praticar a tolerância de modo inteligente e assim, emitimos reflexos positivos ao nosso redor que nos propiciará um espaço no qual se estabelecem relações mais respeitosas e harmoniosas. Isso inclui respeitar os demais, não impor nossas opiniões e permitir que cada um tome suas próprias decisões, sem contudo, mostrar indiferença ao que os outros pensam ou dizem.
Acredite, precisamos muito de paz!
Meu convite:
Exercite a tolerância!
Margarete
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terça-feira, 16 de julho de 2013
A Justiça
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gostei do blog prof Margarete Ass giovanna
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